A expressão “efeito
halo” foi cunhada por Edward Thorndike,
psicólogo, que usou o termo em um estudo de 1920 em que descreveu como oficiais
das forças armadas avaliavam seus subordinados. Thorndike concluiu que dificilmente
a avaliação a respeito de uma característica não se estendia a outras. Os
resultados foram surpreendentes na medida em que havia uma forte correlação
entre a avaliação as aptidões dos soldados e sua aparência física. Algo como se
o soldado mais bonito - ou mais forte, ou com melhor postura - atirasse melhor
do que os outros, fosse mais veloz, mais habilidoso com uma faca, bom de
cálculo e tocasse piano como ninguém. Resumindo, ele identificou a tendência em
atribuir características positivas a quem tem resultados positivos – e
vice-versa.
No mundo corporativo,efeito halo pode
ser entendido como a interferência causada nos processos de avaliação de
desempenho devido à simpatia ou antipatia que o avaliador tem pela pessoa que
está sendo avaliada. Está relacionado a possibilidade de que a avaliação de um
item possa interferir no julgamento sobre outros fatores, contaminando o
resultado geral. Ou seja, criada uma primeira impressão global sobre uma
pessoa, temos a tendência para captar as características que vão confirmar essa
mesma impressão. A primeira impressão vai afetar as nossas avaliações em
relação à pessoa observada. Muitas
vezes os empreendedores usam essa linha de pensamento e nem sempre é
satisfatório, causando um prejuízo para a empresa ou algo mais grave. Um bom
exemplo seria um excelente vendedor que foi promovido para gerencia e não se
adequou no novo cargo, fazendo com que a empresa ficasse sem um excelente
vendedor e sem um gerente.
Apesar de parecer inequívoca, a
associação entre o sucesso (ou fracasso) de alguma empreitada e a pessoa
responsável por ela não é necessariamente verdadeira. É fácil acreditar que
idéias que funcionaram eram boas e que planos de sucesso foram bem elaborados.
E que os que deram errado tinham defeitos. A noção de que sucesso ou fracasso
às vezes não resultam de grandes habilidades nem de tamanha incompetência, mas
de circunstâncias fortuitas soa como heresia para os teóricos da administração.
Mas eventos extraordinários podem acontecer sem causas extraordinárias. Porque tão
importante quanto extrair significado onde ele existe, é não extrair onde ele
não existe.
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